Essa
semana ouvi algo tão absurdo que resolvi escrever a respeito.
Ouvi
um marido dizer à sua mulher, durante uma briga, a seguinte frase: “Você não
sabe o que é trabalhar, você fica em casa de boa eu é que tenho que sair cedo todos
dias, ralar, ouvir desaforos para sustentar você e as crianças...
Gente
que crueldade e que ignorância terrível, só um tolo diria tais palavras.
Entendo
que no momento de pressão e raiva a pessoa é impelida a falar coisas que no
fundo não sentem ou não pensam, mas as palavras ferem e deixam marcas e
cicatrizes profundas, difíceis de curar.
As
esposas e mães que decidiram não trabalhar fora de casa para cuidar do lar, do
marido e dos filhos, não merecem jamais o desprezo e a maldade tanto da
sociedade, quanto dos amigos, família e até do próprio marido. Ao contrário,
elas deveriam ser louvadas e aplaudidas por abrirem mão de tudo o que elas
podiam conquistar e realizar fora do lar para se dedicarem à família.
Essas
mulheres corajosas abdicaram de suas carreiras, da realização profissional, dos
seus sonhos pessoais, de posições de destaque, de um bom salário, de um bom cargo,
do status, de um futuro profissional promissor, de uma boa aposentadoria, para
assim educarem e construírem os cidadãos do futuro com valores éticos e
estéticos sólidos, seres de valor.
Algumas
pessoas, de maneira equivocada, dizem: “casamento não é emprego”; “só porque
teve filho virou madame? ” “Filho não é aposentadoria! ” “Eita vida boa!!!”
E
o pior é que a maioria dessas “pérolas” vem das pessoas que mais deveriam lhe
incentivar e entender...
Concordo
plenamente com essas pessoas numa coisa: realmente casamento não é emprego.
Porque quando você trabalha você tem direitos: direito a um salário, direito a
férias, direito à folga; direito a uma carga horária; direito a horário de
almoço; direito a pequenas pausas para descanso ou para um café; direito de ir
ao banheiro quando a “natureza chama”; direito a benefícios; direito a faltar
por doença, enfim o trabalhador por mais difícil que seja o trabalho ele tem
direitos já a dona de casa e mãe é outra história...
E
quem disse que só porque a mulher fica em casa não trabalha? Engana-se quem
pensa assim. A mulher não só trabalha bem mais, como não tem direito a folga,
férias, salário, descanso e também não tem direito de ficar doente.
E
as pessoas são tão ignorantes que não enxergam e nem entendem a sabedoria dessa
mulher que preferiu deixar tudo por amor.
Ela
compreendeu que não se tratava mais dela e sim do outro, de amar de modo tão
sublime a deixar seus desejos, planos e sonhos de lado.
No
instante em que ela viu aquele ser pequenino e frágil, dependente totalmente
dela, tão inocente, chegar a um mundo tão egoísta, com valores e prioridades
distorcidos, em tempos tão difíceis, com perigos e caminhos tão terríveis, com
“lobos em pele de cordeiro”, com tanta maldade disfarçada, com falsos amigos, ela
decidiu que precisaria ficar bem perto dele para lhe ensinar o que era o mundo
e como desfrutar de todo o bem que existe, desviando-se do caminho mal.
Ela
entendeu que ele teria que ser educado e formado nele um caráter sólido para
não ser seduzido pelos caminhos que ao homem parecem direitos, mas que no final
são caminhos de morte.
Ela
compreendeu que era vital ensiná-lo a observar o mundo e as pessoas para
encontrar tanta gente boa que existe, tantas oportunidades, tanta beleza, tantas
coisas que lhe acrescentariam positivamente e, principalmente O Caminho, a
Verdade e a Vida que é Jesus Cristo!
Ela,
como uma mulher sábia, entende que os filhos são herança do Senhor e Deus irá
pedir contas do que foi feito deles e o que ela terá como resultado do seu trabalho
para prestar contas a Deus?
Ela
entendeu a seriedade da sua responsabilidade como mãe e quão vital é sua
missão.
Ela entende o valor que
sua família tem; ela sabe que educar e ensinar os filhos no caminho certo
requer muitos sacrifícios e trabalho árduo; derrama-se muitas lágrimas; traz
muitas frustrações, muitas dúvidas, muitas adversidades, mas também muito riso,
muito orgulho, inúmeros momentos de prazer e realização, ouvir as primeiras
palavrinhas e a primeira vez que ele dirá mamãe, as primeiras gracinhas, princípios
importantes que seus filhos levarão por toda vida; vocês podem fazer as orações
juntos pela manhã, nas refeições e antes de dormir, bem como poderão ler juntos
sobre as histórias das escrituras que mais gostam e desta forma eles saberão
princípios importantes ensinados no lar e obterá uma recompensa que nenhum dinheiro do mundo pode comprar: construir um ser de
valor, riqueza inestimável.
Apesar de
ser uma decisão difícil se tornar dona de casa e mãe em tempo integral, o tempo
a fará ver e sentir que a oportunidade de criar os filhos é única, é um
privilégio e eles crescem tão rápido que perder a chance de estar com eles e
acompanhar sua vida desde o princípio é algo muito triste que a mãe só
perceberá quando, talvez, for tarde demais.
Muita
gente confia no seu trabalho e acha que no emprego está o seu valor como pessoa
e não é assim.
Não
importa qual seja o seu trabalho ou quão excelente profissional você é, você é um
número, você é dispensável, você é um servo, você pode ser substituído, e você
será eventualmente. Estou falando por experiência própria.
Mas
imagine as mães deixando seu papel, famílias inteiras, vidas preciosas seriam
prejudicadas e a sociedade sofreria os danos dessa tragédia que seria sentida
por gerações. E parece que já estamos começando a ver esse cenário.
As
mulheres que deixam seus empregos, sejam as funções que forem, logo são
substituídas e esquecidas. Porém, uma mãe presente no lar e na vida dos seus
pequeninos jamais pode ser substituída nem muito menos esquecida.
Dedico
esse post a essas mulheres corajosas e altruístas:
Às
mulheres que cuidam da casa, do marido e dos filhos em tempo integral;
Às
mulheres que optaram por abdicar das carreiras, da realização profissional, dos
sonhos pessoais, das posições de destaque e liderança e de tudo o que sempre
sonharam e almejaram para si;
Às
mulheres que têm que dar conta de tudo, cuidar de tudo, cuidar do marido, dos
filhos, da casa e que, muitas vezes, não têm ninguém para cuidar delas com a
mesma paciência e dedicação;
Às
mulheres que tem pouco ou nenhum tempo para cuidar da aparência;
Às
mulheres que, na maioria das vezes, quando vai comer sua comida já está fria;
Às
mulheres que não sabem mais o que é uma noite bem dormida;
Às
mulheres que, dependendo da ocasião, são professoras de boas maneiras,
educadoras, enfermeiras, psicólogas, administradoras, chefs de cozinha,
orientadoras, capacitadoras, incentivadoras e tantas outras funções que ela
precisar atuar no lar;
Às
mulheres que proporcionam cuidado, amor e segurança, para os seus filhos;
Às
mulheres cujos maridos podem sair tranquilos para o trabalho por saber que sua
casa está bem gerenciada e que seus filhos estão bem cuidados e em segurança;
Às
mulheres que seus maridos podem confiar plenamente nelas, pois elas estão dando
o melhor de si em prol da família;
Às
mulheres leoas que defendem sua cria com unha e dentes;
Às
mulheres que não se cansam de fazer o bem e ao seu tempo colherão os frutos do
seu trabalho;
Às
mulheres que, mesmo esgotadas, injustiçadas e invisíveis, muitas vezes, não
desistem e persistem com coragem.
Essas mulheres devem ser muito valorizadas!
Essas
mulheres devem ser aplaudidas de pé!
Essas
mulheres devem ser louvadas!
Fica
aqui minha homenagem a essas mulheres de valor incontestável!