Quando eu era
criança não existia celular nem tablet.
Na minha casa tinha
apenas uma televisão na sala e, portanto, as programações eram divididas de
maneira equilibrada e justa: meu pai assistia tudo o que ele queria, minha irmã
mais velha via a novela dela e o tempo que sobrava, que não era muito, nós, as
crianças, víamos desenhos ou séries de heróis que dava.
O tempo que
passávamos em frente à televisão era muito pouco.
Dessa maneira,
passávamos a maior parte do nosso tempo brincando. Nós inventávamos
brincadeiras e brinquedos com o que se tinha à mão, a nossa criatividade era
impressionante.
Não precisávamos de
brinquedos sofisticados e caros, uma boneca de plástico e sem cabelo já era grande
o suficiente para a brincadeira se tornar interessante para as meninas.
Para os meninos
bastava uma lata de óleo velha ou uns pedaços de madeira para fazer carrinhos e
o divertimento era garantido.
Nós tivemos uma
infância simples, sem muitos brinquedos de loja, mas com muitos brinquedos
criados por nós e com inúmeras brincadeiras divertidas e nossa infância foi
muito feliz, sadia, divertida, com muita criatividade e imaginação sem precisar de
celular ou tablet para isso.
Eu achava as brincadeiras de menina muito monótonas e preferia brincar com meus irmãos de futebol, pipa, bolinha de gude, essas brincadeiras eram muito mais divertidas e dinâmicas. Sim eu era maria moleque! Quem nunca? rs.
A única brincadeira que eu gostava de brincar com as meninas era queimada.
Mas será que brincar é importante para as crianças de hoje, cujo único exercício que fazem é com os dedinhos na tela de um celular, computador, tablet ou jogos eletrônicos?
Eu achava as brincadeiras de menina muito monótonas e preferia brincar com meus irmãos de futebol, pipa, bolinha de gude, essas brincadeiras eram muito mais divertidas e dinâmicas. Sim eu era maria moleque! Quem nunca? rs.
A única brincadeira que eu gostava de brincar com as meninas era queimada.
Mas será que brincar é importante para as crianças de hoje, cujo único exercício que fazem é com os dedinhos na tela de um celular, computador, tablet ou jogos eletrônicos?
Vamos voltar um
pouco na história....
O psicólogo e
filósofo francês Henri Wallon, o biólogo suíço Jean Piaget e o psicólogo
bielo-russo Lev Vygotsky, no final do século XIX, examinaram minunciosamente a
forma como os pequeninos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura.
Para resumir simplificadamente, a conclusão que eles chegaram, em seus estudos, é de que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente.
Para resumir simplificadamente, a conclusão que eles chegaram, em seus estudos, é de que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente.
A aprendizagem da criança depende tanto de afeto como
de movimento também.
Enfim,
as crianças precisam de afeto e movimento, precisam de brincadeiras adequadas à
sua faixa etária e de relacionarem-se com outras crianças para que seu
desenvolvimento seja completo.
A brincadeira também ajuda a moldar o cérebro e, nos diversos contextos, fortalece as relações socioafetivas, explorando
aspectos como autocontrole, cooperação e negociação.
Ensina o respeito ao
outro e a criança aprende a ouvir, a relacionar-se, aceitando as diferenças.
A criança precisa brincar para se tornar adulta
É importante entender que a criança para se tornar
adulta precisa brincar.
O que significa isso?
Significa que os jogos e as brincadeiras auxiliam no
desenvolvimento físico, mental e emocional, além de preparar a criança para enfrentar
situações adversas do mundo.
Alguns pais acham que estão ajudando no
aperfeiçoamento dos filhos quando os colocam para fazer inúmeras atividades
como: aprender línguas, aulas de natação, balé, judô, ocupam o dia inteiro da criança, quando na verdade bastava
apenas deixá-las brincar. O simples ato de brincar já é um grande aprendizado.
Não quero dizer que é ruim a criança aprender línguas ou fazer balé, mas o dia cheio de atividades sem sobrar nenhum tempo para a criança brincar, isso sim é mal negócio.
O brincar é de suma importância para o
desenvolvimento da criança, pois além de desenvolver os aspectos físico, mental
e emocional, como já falamos antes, é assim que ela aprende a ser adulta, o
brincar é essencial para a formação da criança porque auxilia na estruturação
emocional.
Na brincadeira a criança aprende a ter auto estima,
a lidar com sentimento de frustração, com o medo e tantas outras experiências.
Cada brincadeira traz um tipo de aprendizado enriquecedor à criança.
Quando a criança não brinca ela perde a
oportunidade de aprender a ganhar e a perder sem que, tanto a perda como o ganho, seja a coisa mais importante do mundo. E esse aprendizado é vital para que se
viva em equilíbrio na vida adulta, saber lidar com a frustração, ser
perseverante, confiante e entender que na vida nem sempre ganharemos e isso é normal.
Certos pais não impedem que os filhos vivam essas experiências de
Ao brincar com as outras crianças, ela entende como
funciona o mundo, o que são e como funcionam as regras, que a liberdade de um
termina onde começa a do outro, especialmente com os jogos em grupo. No jogo em grupo a própria criança se avalia
e ela percebe que a regra pode ser questionada, negociada, mudada, desde que se
converse com os coleguinhas e eles também queiram experimentá-la de uma outra
forma.
Posso dizer que a brincadeira, em suas respectivas idades, é como se fosse uma preparação, um ensaio para a vida adulta.
Criança que não brinca quando for adulta, terá
dificuldades em trabalhar em equipe e em lidar com as adversidades.
O brincar deve ser simplesmente brincar, sem
compromisso, sem cobranças.
E apesar do brincar ser tão fundamental para
crianças, não se restringe somente à elas.
Em todas as fases da vida devemos brincar, por
exemplo, na adolescência, existem jogos que trabalham a espontaneidade e o
relacionamento com outras pessoas, na vida adulta, os pais podem participar de
certas brincadeiras com os filhos o que os aproximará afetivamente, além de ser
um divertimento super saudável para todos.
A brincadeira faz a vida mais leve, faz o céu mais azul, faz das nuvens figuras, torna a mente sã, acalma o coração, aproxima as famílias e traz alegria à alma.
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