sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mãe você ama o seu filho? Então, não dê celular nem tablet na mão dele



Gente, eu fico impressionada como os pequeninos são ligeiros com um celular ou um tablet na mão. 

Seus dedinhos curtinhos passam rapidamente na tela desses aparelhos e exploram coisas que nem nós sabíamos que nossos aparelhos eram capazes de fazer, eles descobrem possibilidades, alteram configurações, fazem o que querem.

Estava eu no Facebook e me enviaram um vídeo onde um bebê de apenas 8 meses, aos berros, esperneava porque a mãe retirara o celular da mão dele. A mãe para fazer a criança parar de gritar lhe devolveu o celular.

Nesse momento, lembrei-me de outro vídeo que havia assistido em que uma mãe, como se fosse uma brincadeira, fixou o celular na sua testa, deitou o bebê na cama e o alimentava enquanto ele se distraía com o celular que estava na testa dela.

As pessoas, quando assistem vídeos que envolvem crianças e aparelhos eletrônicos, curtem e compartilham esses vídeos achando engraçados, fofinhos e até criativos, mas não tem noção do mal que os eletrônicos fazem às crianças.

Você deixa que seus filhos pequenos tenham acesso a smartphone, tablets, celulares ou jogos eletrônicos? Saiba que isso pode acarretar inúmeros problemas no desenvolvimento deles.

Por isso, resolvi falar sobre esse assunto e expor alguns motivos significativos para você não dar celular ou qualquer tipo de eletrônico a seu filho.


As crianças muito pequenas, tudo o que pegam levam à boca, imagine-os colocando o celular, o tablet, smartphone na boca, fora a contaminação que existe nesses aparelhos, as crianças podem morder e engolir algumas peças. 

A longo prazo, a exposição a esses aparelhos prejudica a visão da criança causando miopia e o lado intelectual pode ser comprometido.

Uma série de estudos, sobre esse assunto, foi feito por dois grandes institutos da América do Norte, a Sociedade Canadense de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria e chegaram à conclusão que há diversos problemas causados pelos eletrônicos em crianças de até 12 anos.


Vejamos a seguir:

Problemas de desenvolvimento cerebral:
Os cérebros dos bebês crescem muito rapidamente nos primeiros anos de vida. Até completar dois anos, uma criança tem seu órgão triplicado em tamanho. Nesse período, os estímulos do ambiente — ou a falta deles — são muito importantes para determinar o quão eficiente será o desenvolvimento cerebral. Alguns estudos mostram que a superexposição a eletrônicos nesse período pode ser prejudicial e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções.
Obesidade:
Estima-se que as crianças do século 21 fazem parte da primeira geração de pessoas que não vai viver mais do que os próprios pais. Um dos grandes motivos para isso é a obesidade, que pode sim estar ligada ao uso excessivo de eletrônicos. Estima-se que crianças com aparelhos no próprio quarto têm 30% mais chance de serem obesas do que outras.
Problemas relacionados ao sono:
A constante utilização dos aparelhos pode acabar gerando dependência em diversos graus diferentes. Um dos problemas relacionados a isso está no fato de que muitas crianças deixam de dormir para jogar, navegar ou conversar nos aparelhos. Além das consequências psicológicas causadas por isso, também é preciso lembrar que a falta de sono noturno pode gerar problemas de crescimento.
Problemas emocionais:
Há estudos de diversas partes do mundo ligando diretamente a utilização excessiva de tecnologia a uma série de distúrbios emocionais. Entre os mais citados pelos pesquisadores estão: “Depressão infantil, ansiedade, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemático”. Crianças tendem a repetir comportamentos dos adultos e de personagens que consideram referências. Logo, a exposição a jogos e filmes com violência excessiva pode causar problemas de agressividade também às crianças de até 12 anos.
Demência digital:

Psicólogos e pediatras dos institutos já mencionados afirmam: “Conteúdos multimídia em alta velocidade podem contribuir para aumento o déficit de atenção. ” Além disso, a exposição a isso também causa problemas de concentração e memória. O motivo para isso seria a redução de faixas neuronais para o córtex frontal, que acontece pelo mesmo motivo mencionado.

Emissão de radiação:
A discussão sobre a relação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral ainda é bem polêmica e pouco conclusiva. Mas há algo em que os cientistas concordam: as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos do que adultos. Por causa disso, pesquisadores canadenses acreditam que a radiação dos celulares deveria ser considerada como “provavelmente cancerígena” para crianças.
Contaminação:

Você sabia que os celulares, tablets e afins são foco de contaminação por fungos e bactérias?

O infectologista Ricardo Hayden, diretor-técnico do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), afirma que os aparelhos eletrônicos, principalmente o celular, estão contaminados por micro-organismos e coliformes fecais e o alto índice de contaminação bacteriana pode causar até graves infecções.

Você costuma levar o celular para o banheiro? Eu conheço pessoas que não se separam do celular nem para ir ao banheiro. Olha a contaminação que tem no banheiro.

O celular envolve a mão e o contato com a boca, com a saliva, assim como outros objetos de uso pessoal.

Por isso, a higienização frequente é essencial, principalmente, no teclado e tela, mas a limpeza com apenas um pano seco não é suficiente.

Hoje, existe uma substância, um produto com álcool gel e que tem poder de limpar a superfície, serve para computadores e celulares.

Os aparelhos devem ser desligados antes da higienização. No caso de celular é importante retirar a bateria.

Devemos também tomar cuidados como: não passar o celular para outras pessoas e sempre lave bem as mãos. 


Terceirização da educação:

As crianças têm passado tanto tempo na “companhia” desses eletrônicos que muitas mães nem conhecem direito os seus filhos.

Você já viu quantos blogs direcionados para crianças existem? Observou a quantidade de acessos nesses blogs? Isso se deve ao fato de que algumas mães entregaram a educação dos filhos para esses blogs que são “companheiras e amiguinhas” das crianças.

Os pequeninos criam uma ligação afetiva com esses blogs e quando não podem acessar ficam irritados, ansiosos e carentes dessa “companhia”. Essa ligação afetiva contribui para a quebra de vínculo com a mãe, pois se a criança passa a maior parte do seu tempo com “alguém” que não é sua mãe o vínculo materno é quebrado e a ligação afetiva é transferida para esses meios. O vínculo é maior com quem “cuida, fica junto, dá atenção”.



Será que a educação que seu filho está assimilando através do uso do celular é adequada? É óbvio que não! 

De repente, o seu filho pode estar aprendendo coisas erradas e você nem sabe. Sabemos que o Youtube tem de tudo e a maioria dos conteúdos é inapropriado para crianças.

Quando você transfere os cuidados e a educação dos seus filhos para terceiros você não tem ideia do que pode resultar disso, é uma decisão de alto risco.

Os pais passam a saber muito pouco dos filhos, seus hábitos, saúde, comportamento, gostos, necessidades e quando se dão conta um abismo gigante os separa.

Muitas mães, por culpa, dão presentes e mais presentes ao filho e fazem todas as vontades dele para evitar qualquer tristeza ou frustração.  E o resultado disso são crianças sem limites, arrogantes, egoístas, sem respeito às figuras de autoridade, com comportamentos e valores distorcidos, com carência afetiva, com baixa autoestima e outros problemas comportamentais. 

As frustrações, o Não, contrariar as crianças, isso tudo faz parte da vida e faz bem às crianças, é saudável  para o desenvolvimento dos pequeninos. 

Caso contrário, você criará "chefes mirins" que mandam  e você obedece; que batem o pé e você corre; que gritam e esperneiam por algo e você prontamente dá; que dão na sua cara e você não toma nenhuma atitude corretiva. 

Mãe, impor regras e limites, dizer Não e educar seu filho não mata seu filho, ao contrário, vai livrá-lo de muitos males. 

Após saber de tudo isso, você daria um celular para seu filho?

Minha intenção foi alertar os pais quanto aos malefícios dos eletrônicos para as crianças menores que 12 anos, no entanto, os eletrônicos podem ser aliados à educação das crianças, tomando-se o cuidado de seguir a idade recomendada que seria a partir de 12 anos, evitando-se os excessos e a superexposição a conteúdos agressivos e também considerando o tempo máximo de uso diário que é de 2 horas.

Mãe se você ama o seu filho não dê celular na mão dele! Tenha bom senso e eduque seus filhos.

Qualquer brinquedo colorido e que faça barulho pode substituir o celular e demais aparelhos eletrônicos.

As crianças são motoras por natureza e a exposição a celulares a deixa sedentária. A criança precisa passar por todas as fases normais para seu desenvolvimento sadio.

Incentive seu filho a brincar com brinquedos e brincadeiras adequados a sua idade.

Saiba impor regras e limites, tudo com bom senso e não com permissividade.

Repense a educação dos seus filhos agora!

Pode ser difícil, doloroso e frustrante tirar o celular dele agora, mas é possível e será para o bem dele. 

Fique tranquila, as crianças se adaptam rápido às mudanças.

Não deixe para tomar atitude amanhã porque pode ser tarde.





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