Voltemos ao Senhor

Quando eu era criança uma das coisas que eu mais gostava de fazer era deitar na grama e ficar olhando aquele céu azul lindo e ver as nuvens "dançarem" e se transformarem nas mais diversas figuras feitas pelos dedos dos anjos, pois eu achava que os anjos que desenhavam nas nuvens. 

Era uma sensação tão agradável que eu podia ficar ali por horas olhando os cachorrinhos se transformarem em coelhos, os coelhos se transformarem em leões, os leões se transformarem em dragões, os dragões e transformarem em velhinhos e assim ia.

Lembro-me que era tão fácil ser feliz. 

Bastava uma pipa, uma boneca de plástico velha, umas bolinhas de gude ou brinquedos que nós mesmos fazíamos com restos de madeira e de entulhos.

Tantas brincadeiras simples, mas que faziam a alegria da garotada.

Recordo-me que quando brigávamos logo fazíamos as pazes e de uma maneira tão natural e sincera.

Os problemas e adversidades da vida não nos afligiam como um peso amargo.

A vida era tão simples e ao mesmo tempo tão dinâmica, mas sem complexidades.

As briguinhas com os irmãos e coleguinhas eram frequentes, mas o perdão era rápido e fácil.  

Não precisávamos de grandes coisas ou bens para que a alegria transbordasse.

Não precisávamos de mesa farta ou uma casa ampla ou um carro do ano para que nos sentíssemos completos.

Não precisávamos de uma boa carreira ou dinheiro no banco ou posição social para nos sentirmos em paz.

Não desejávamos possuir as coisas de outros nem pisar em alguém para conseguir o que queríamos.

O sorriso era relutante, a alegria palpitante e o coração era puro e constante.

Sempre tínhamos esperança no amanhã.

No entanto, crescemos e nos tornamos adultos e decidimos que devemos fazer da nossa vida o que quisermos.

E começamos por parar de ouvir os conselhos de nossos pais porque achamos que já somos maiores e já sabemos o que é a vida e podemos tomar decisões sozinhos. 

Mas esquecemos que nossos pais já passaram pelos caminhos que começaremos a trilhar e, portanto eles sabem bem o que vai acontecer.

Depois começamos a namorar aquele rapaz dos sonhos e a mãe observa como ele trata você e aconselha: minha filha esse rapaz não é pra você, ele não será um bom esposo. E o que você faz? Minha mãe não sabe de nada, ele é o homem da minha vida, não vai ser ela quem vai casar com ele, eu é quem decido com quem vou casar.

Aí você casa com o "homem da sua vida" e de príncipe ele vira sapo de brejo, de anjinho ele se torna o capeta.

São tantas decisões equivocadas, tantos caminhos tortuosos, tantas escolhas erradas...

E sabe por que? Por rebeldia.

Não queremos ouvir pais, muito menos a Deus.

Deus nos fala claramente não vá por esse caminho, não faça isso, agora não é hora, essa pessoa não é pra você e você decide que sabe mais do que Deus e faz o contrário do que Deus falou e paga pra ver e o preço de tal rebeldia é alto, afinal de contas você não pode plantar jiló e colher melancia, é como diz o ditado: quem planta vento colhe tempestade.

A rebeldia nos faz  prisioneiros de pessoas, de sentimentos e de situações.

E não temos como fugir das consequências, podemos nos arrepender das nossas decisões erradas, mas as consequências vem e temos que suportar e entender que isso é resultado das nossas escolhas não é culpa de Deus nem dos outros foi nossa escolha e somente nossa.

Quanto antes encararmos com coragem e pedirmos o auxílio de Deus melhor pra nós.

 Em Salmos 138:6 está escrito: "O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe.

Seja humilde e o Senhor atentará para a sua situação e te ajudará porque Ele é o nosso Refúgio e Fortaleza socorro bem presente na angústia.

É interessante que certa vez os discípulos questionaram a Jesus sobre quem seria o maior no Reino dos céus e Jesus chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: "Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.

Nos tornemos como criança, mas não na infantilidade e sim na humildade. As crianças não anseiam por ser maiores que os outros, não são orgulhosas e empafiosas, não buscam os seus próprios interesses, não amam as pessoas pelo o que elas possuem, enfim as crianças tem coração sem mácula, sincero, transparente e humilde.

Sejamos como uma criança que ama a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele pode dar.

Sejamos qual criança diante de Deus e Ele se achegará a nós.

Não importa qual o seu problema, qual a sua situação, a sua dor, Deus é poderoso para fazer além do que pedimos ou pensamos e se é algo impossível não se preocupe Deus é especialista em causas impossíveis.

Humilhe-se debaixo da potente mão do Senhor que Ele a seu tempo vos exaltará!

O que Deus deseja nos dizer hoje é: