quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Uma história real de Perdão – Parte Final



"Eu tive que sair de mim”, para poder perdoar.

Eu precisei “olhar de fora”.

Constatei que estava “acorrentada” à minha ex-chefe com algemas que só abririam com o perdão.

Como eu podia dizer que amava a Deus, que Jesus morava dentro de mim, que andava por Ele, respirava por Ele se não era capaz de perdoar?

Deus é amor e, portanto, cabia a mim mostrar esse amor que é a marca daquele que diz estar em Cristo.

Deixei de lado a minha dor, o meu egoísmo, a minha autocomiseração, a minha sede de vingança e dei lugar à bondade, à tolerância, à misericórdia e ao amor de Deus.

E quando tirei o foco de mim e passei a observar tudo ao meu redor, vi coisas que não havia visto, soube de fatos que aconteciam na vida da minha ex-chefe que me causaram muita compaixão.

Entendi que ao negar o perdão a alguém eu estava atestando que não errava e, consequentemente não precisava ser perdoada.

A verdade e a realidade é que somos todos iguais, todos nós erramos e precisamos ser perdoados.




Antes, no Velho Testamento, se amava o próximo que era sempre alguém da nação de Israel.

É lógico que as nações que cercavam Israel, salvo raras exceções, queriam a destruição dos judeus, ou seja, não dava para ter amizade ou querer bem a quem deseja te destruir.

Entretanto, Jesus, na parábola do bom samaritano, em Lucas 10:25-37, jogou uma “bomba de efeito moral” no colo daquele intérprete da Lei e de todos quando mostrou que o seu próximo pode ser seu inimigo.

Hoje a nossa luta não é contra o sangue ou carne (Efésios 6:12), logo é possível amar nosso inimigo; porque nós também fomos inimigos de Deus e Ele nos amou mesmo assim.

Jesus ordena: amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Pensa naquela “amiga” que “roubou” o seu namorado...

Pensa naquela pessoa que te fez tanto mal que até hoje você sofre por isso....

Sabe aquele (a) colega de trabalho que você quase não consegue falar bom dia?

Sabe aquele chefe que, sem motivo, pega no seu pé e te persegue?

E aquela pessoa fofoqueira que você nem conhece direito, mas que fala da sua vida e te irrita muito?

E aquela pessoa que você amou profundamente, mas que não valorizou o seu amor e te magoou demais?

Pois é, são essas pessoas que você precisa perdoar.

Vou contar-lhe um segredo que vai mudar a sua vida: o seu próximo por incrível que pareça, não se espante … é quem está perto de você.

Mas, não perto de você como alguém muito chegado, é perto de você como quem convive com você e que pode não ter laços afetivos, você pode nem gostar dessa pessoa.

Pode ser qualquer ser humano; quem está a pequena distância; o teu semelhante.

Porque vamos combinar que as pessoas de nossa convivência, as quais amamos e que cometem erros “pequenos” é mais fácil perdoar.

Agora, alguém que nos prejudica, alguém que quer o nosso mal, alguém que nos trai, alguém que nos feriu demais, é muito mais difícil de perdoar.

Parece loucura? Parece impossível? Parece injusto?

Imagine se Deus pensasse o mesmo? Estávamos perdidos!

De que forma devemos perdoar as pessoas? Orando por elas, falando do amor de Jesus e as ajudando em suas necessidades.

Para que sejamos filhos de Deus devemos imitá-lo, uma vez que Ele faz nascer o seu sol sobre os justos e injustos.

Se amamos ou saudamos somente os nossos amigos fazemos o mesmo que aqueles que não conhecem a Deus fazem.

Eu preciso muito do perdão de Deus todos os dias, por isso preciso perdoar meu semelhante já que em Mateus 6:15 está escrito: Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.

Portanto, perdoe para ser perdoada!

Tenhamos tolerância, suportemos uns aos outros, e, sobretudo revestindo-nos de amor.

O amor é sofredor, é benigno; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O perdão é um processo de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa decorrente de uma ofensa percebida, diferenças, erros, injustiças e cessar a exigência de castigo ou restituição.



Perdoar é necessário, mas não quer dizer que você será obrigado a conviver com essa pessoa.

Perdoar não é ter amnésia.

Perdoar não é fingir que está tudo bem.

Perdoar não é ser conivente com o erro.

Perdoar não é se melindrar com tudo.

O perdão é libertador e é um ato de obediência a Deus.

O amor é sempre o melhor caminho e é ele o ingrediente essencial do perdão.

Perdoar faz bem para a alma e para a saúde.

Como diz a música: "caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não."

Por outro lado, a Bíblia não ensina que o ofendido deve pedir perdão ao ofensor, pois é exatamente o contrário.

O ofendido deve perdoar em seu coração mesmo que o ofensor não vier até ele, mas não deve pedir perdão.

Muitos ensinam que devemos seguir o exemplo de Cristo que morreu na cruz e ofereceu perdão.

Isto é errado porque Jesus não veio pedir perdão (pois não tinha pecado) ele veio perdoar e salvar a despeito de todo o mal que o homem tinha feito e que nem desejavam este perdão.

As relações interpessoais nos desafiam a todo instante, todos os dias a praticarmos o perdão. 

E quantas vezes devemos perdoar? Tantas quantas forem necessárias.











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