sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Pegadas de Esperança




















Hoje resolvi mudar. 

Empacotei minhas boas lembranças em grandes caixas de mudança.

Joguei fora tolos sentimentos e enterrei os ressentimentos.

Abri as gavetas, revirei e revisitei os relacionamentos. 

Só preservei os bons momentos.

O que me fazia mal virou folha de jornal para embrulhar o que não pode quebrar.

Limpei o armário, tirei as traças e o mofo, deixei o ar entrar.

Medo cruel adversário, hoje é o seu fim dentro de mim.



Deixei marcas pelo caminho, pedaços meus, pegadas de esperança,

Doei vida, atos e fatos que não foram na bagagem da mudança,

mas estão impressos em pessoas, guardados no silêncio, acalentados na alma. 

Alegrias, sorrisos, lágrimas, para sempre  impregnados na essência calma,  

como repousam docemente a pureza e o brilho no olhar de uma criança.

voo livre pela historia, pela vitoria, pela derrota, pela dor, mas com a confiança

de quem acredita no amor e no melhor que a vida pode dar. 



Por fim, abri as janelas, deixei a brisa suave encher meu coração.

Me senti inspirada a cantar uma nova canção.

Deixei o vento levar meu passado, meu orgulho e minha covardia, encarei o novo dia.

Celebrei as boas amizades ao som de uma linda melodia.

Decidi não sofrer nem lutar por quem é escravo do isolamento, que só cultiva a ingratidão e os maus sentimentos.

Sim, deixei o vento levar os pesos que me impediam de voar.

Agora sou livre, posso tranquila dormir e acordar. 

Viver um novo dia, sonhar um novo sonho, sem medo, sem peso, sem drama, sem ressentimento, sem culpa, sem rancor.

E deixar o mundo inteiro, em oportunidades, ascender seu fulgor,

pra que eu possa entrar na porta que Deus abriu hoje pra mim. 


Cláudia Silva



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