quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Somos todos a mesma cor e a mesma dor


























Eu  tinha preparado um outro texto para postar hoje, porém em virtude dos últimos acontecimentos, resolvi mudar.

Ontem todos nós acordamos com uma notícia terrível, uma tragédia que, por um momento, pareceu irreal. 

O acidente de avião que levava a delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulação caiu matando 71 pessoas e deixando 6 feridos.

Essa tragédia levou muito cedo meninos no auge de suas vidas e carreiras. 

Levou sonhos, projetos e planos. 

Levou  jogadores a uma partida sem volta.

Separou corpos e almas.

Separou pais de filhos, maridos de esposas, famílias inteiras que comemoravam o sucesso agora choram uma derrota para a morte.

Um país em luto, uma cidade sem heróis, uma torcida órfã,  familiares e amigos devastados.

O futebol perdeu o foco, o campo está vazio e os holofotes estão apagados.

E despidos de times, de rivalidades e de qualquer diferença, somos todos participantes da mesma dor.

E, então você pensa: que tragédia meu Deus, logo agora que eles estavam no auge, eles eram tão novos com tantas coisas pra viver...

Esse é um pensamento normal do ser humano e mostra como estamos presos a essa matéria, a esse mundo visível e palpável.

O que não entendemos é que a morte é uma das certezas que temos na vida e ela não escolhe idade, classe social, cor ou raça.

A questão central é: eles foram para os braços do Pai ou partiram sem Jesus?

E esse momento é de reflexão. E fica a pergunta: o que estamos fazendo com as nossas vidas, com as nossas famílias, com pessoas ao nosso redor?

Lucas 12 nos traz uma reflexão muito importante e muito relevante para esse momento.
















Do  que me adianta juntar tesouros aqui nessa terra e não ser rico para com Deus?

Do que me adianta ganhar o mundo inteiro e perder a minha alma?

Do que me adianta buscar tantas coisas e esquecer do que realmente tem valor?  

Eles achavam que tinham uma vida toda pela frente pra viver. 

Achavam que tinham todo o tempo, mas não sabiam que não teriam um amanhã.

Infelizmente, alguns deles preferiram escolher a separação eterna de Deus.

Porém, outros decidiram por Jesus Cristo e fizeram a maior e melhor escolha que alguém pode fazer na vida.

Achei muito impactante o que disse o preparador Paulo Paixão que perdeu seu filho nesse acidente. Seu filho Anderson era preparador físico da equipe catarinense e era um dos passageiros desse avião. Paulo Paixão disse: "Quis o meu bom Deus que eu passasse por isso mais uma vez." Não posso reclamar de Deus. Temos que agradecer a cada dia de vida. Eu tenho fé. Tudo tem um propósito. A gente crê num comando maior".

Esse homem já havia perdido um filho em 2002 e agora perde outro e com a lucidez e paz de quem conhece o Deus a quem serve fez essa declaração linda e profunda.

Ele fez como Jó que, após ter perdido todos os seus bens e todos os seus filhos disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.

Nós não temos noção de como aqueles que foram para o céu estão felizes e infinitamente melhor do que nós. 

Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.

Portanto, a morte deles não é um acaso e também não é o fim, apenas o começo. 

Mas, os que ficam têm que conviver com a dor irreparável da perda e por esses devemos orar para que Deus os ampare e conforte os seus corações nesse momento de sofrimento intenso.

O conforto é que aqueles que decidiram por Jesus receberam a maior vitória que um ser humano poderia conquistar: foram recebidos na Glória pelo Senhor Jesus.

Destes podemos afirmar: 

"E, terminados os dias do seu ministério, voltaram para casa"!  😢😢😢





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