segunda-feira, 28 de março de 2016

Simplesmente Mulher


Esse mês de março é considerado o Mês da Mulher.

E, por isso, não podemos nos esquecer de todas as conquistas e portas que as mulheres abriram com muita luta, garra, esforço, coragem, erros, acertos, frustrações, alegrias, tristezas, persistência, ganhos e perdas. 

O caminho foi construído e cimentado com muitas lágrimas, dor e sangue.

A história não nos deixa esquecer dos sacrifícios, das tragédias, do desrespeito, que as mulheres foram sujeitadas ao longo do tempo.

Embora as conquistas sejam significativas, até hoje as mulheres são vítimas de todo tipo de discriminação, desrespeito e até de diversos tipos de violência.

As marcas estão impressas nos dados da ONU, seguem alguns:

- As mulheres ganham até 24% a menos do que os homens;

- A mulher americana é vítima de violência e agressões físicas mais do que acidente de carro, câncer ou assaltos;

- A cada 4h uma mulher, com menos de 30 anos, é assassinada;

- A cada 10 minutos 1 mulher é estuprada;

- De cada 10 mulheres, 6 sofrem violência física e/ ou sexual durante a vida.



Seguem abaixo os dados da Central de Atendimento à Mulheres no Brasil:

- 38,72% sofrem agressões diariamente;

- 33,86% sofrem agressões semanais;

- 85,85% situações de violência doméstica e familiar contra às mulheres;

- 67,36% por homens com quem as vítimas tinham ou já tiveram algum vínculo afetivo: companheiros, cônjuges, namorados ou amantes, ex-companheiros, ex-cônjuges, ex-namorados ou ex-amantes;

- 27% o agressor era um familiar, amigo, vizinho ou conhecido;

- 13,68% os episódios de violência acontecem desde o início da relação;

- 30,45% de 1 a 5 anos de relação.

Os dados são assustadores e o que acontece com as mulheres no mundo é aterrador.

Um lugar do mundo onde um grupo de mulheres é condenado, desde o nascimento, a uma vida de humilhações e de violência, esse lugar é a Índia, país com um sistema de divisão social bastante rígido: as chamadas castas. Quem nasce na camada mais baixa é chamado de ‘dalit’ ou 'intocável', mas o nome não significa privilégio algum. Os 'intocáveis' não têm direitos e são vítimas de todo tipo de agressão, especialmente as mulheres.



Algumas chegam a ser atacadas com ácido.

Lugares onde as mulheres nascem com o destino traçado, e o destino é o sofrimento: abusos sexuais, estupros, abortos e abandonos de bebês apenas por serem meninas, mutilações e agressões físicas.

Os jornais estão cheios de histórias de violência e morte contra a mulher.


São tantas mulheres, tantas histórias, tantos rostos, mulheres anônimas ou não subjugadas, maltratadas, amordaçadas, inferiorizadas, mutiladas, abusadas, escravizadas, cruelmente maltratadas, covardemente assassinadas, vozes silenciadas, vidas roubadas.

Mulheres que só queriam ser amadas, respeitadas e ter direito as mesmas oportunidades: o direito de pensar, falar, sonhar, trabalhar, viver...

Mas entendamos algo importante, embora a mulher deva lutar por seus direitos e repudiar qualquer desrespeito e atos de violência contra ela denunciando e não tolerando, a intenção nunca deve ser querer se igualar ao homem porque para isso a mulher teria que deixar de ser mulher e se tornar homem.

A mulher, no desejo de ser admirada e respeitada, se esquece de que é Mulher e, portanto, jamais pode querer os mesmos direitos dos homens porque seria se igualar a eles nas atitudes, nos comportamentos, na condição e deixar a sua essência feminina.



Clarice Lispector diz que “ O destino de uma mulher é ser mulher”.

A mulher deve buscar o respeito, direitos, ideais, sonhos, realização, mas antes de tudo deve buscar ser mulher.
                                     
Cada um tem suas virtudes, suas especificidades e com suas diversidades homem e mulher se completam.

Não se trata de homem x mulher, não é mortal kombat, guerra dos sexos ou luta de classes que precise, no final, ter um vencedor.

Ambos possuem trajetórias distintas, atribuições peculiares, competências e capacidades distintas, cada um com sua composição física e mental e que se complementam.

A mulher deve buscar ser Mulher sem se envergonhar da sua condição.

Se fazer respeitar com atitudes coerentes e condizentes com o que ela acredita.

E não querer agir igualmente como os homens porque isso quer dizer que você terá de mudar sua condição, sua essência.

Ser mulher é um privilégio, um presente dado por Deus.

Ser mulher é compreender e sentir o mundo de uma maneira que o homem jamais será capaz de compreender.

Ser mulher é ter sensibilidade, é ser feminina, é ter capacidades diversas, é fazer diferença por onde passar.

A mulher deve buscar se aperfeiçoar a cada dia, como uma filha melhor, uma mulher melhor, uma mãe melhor, uma cidadã melhor e fazer diferença na vida das pessoas e, principalmente na vida de seus filhos ensinando-os que homem e mulher são seres humanos que precisam ser respeitados igualmente, pois não são as mães que educam e ensinam os filhos homens? Portanto, escolha os valores que ensinará aos seus filhos e quais exemplos você dará a eles fará toda a diferença.

Quando Deus fez o homem e a mulher Ele os fez perfeitos e com os mesmos direitos, porém eles se afastaram dos propósitos de Deus e o pecado trouxe graves consequências tanto para o homem como para a mulher.

Quando conhecemos a Deus verdadeiramente entendemos a nossa responsabilidade e o nosso propósito como mulher e nos alegramos em cumprir esse propósito, mesmo com todas as adversidades.

Eu sou feliz por Deus ter me criado e me dado vida e propósito.

Eu sou feliz por ser mulher, Simplesmente Mulher!





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